17 março 2009

Solta


Solta percorro o meu caminho, o caminho dos deuses e das fadas, que perdi há muito...
Viva descendo os degráus da dor, prometendo ao silêncio da minha alma não voltar a errar...
Anjo ou diabo, tanto me faz...Um diz que fui longe demais, o outro diz que nem perto consegui chegar...
Senti entrega, desejo, paixão, respeito, mas a vida reservou para mim algo mais frio, algo mais vermelho, algo tão intenso como a quase desilusão...
Permaneci quieta ao vê-la passar por mim, chegou a dar-me a mão...Consegui mantê-la à distância de um sim ou de um não...
E volto hoje a ser onda de ninguém, volto hoje a ser pássaro sem alma, vivendo cada sensação como única, cada momento como o primeiro, e ao partir, voltarei a ser eu, quando por fim conseguir não olhar para trás...
Voltei a ser sereia de pescador sofrido...voltarei a ser vento frio em dia de calor, voltarei a ser beijo fugidio, sorriso maroto, porque sim, porque estou viva e sou mulher...minha e tua, tua e de ninguém...

3 comentários:

Cadinho RoCo disse...

Que delícia sentir a mulher ao brotar de sua natureza.
Cadinho RoCo

Braulio Pereira disse...

simplesmente mulher....


um lago a brilhar...


beijos
braulio...

Cadinho RoCo disse...

Esta publicação está tão gostosa que até voltei.
Cadinho RoCo