27 janeiro 2009

Fado

Sorris, tocas-me como quem não quer sentir nada nem ninguém, como se aquele momento deixasse de existir ao som de uma borracha, manchando o papel amassado de carvão, ficas a ver-me dançar para ti, mas olhas desviando o som das tuas lágrimas, enquanto sorrio para ti, fechando os olhos devagar, entoando um som profano de guitarra amadurecida, tom de pel bravio, olhos de cigano, mãos de cetim, perfume...perfume de sangue, que um após o outro, fazem do meu eu, um eu único, simples, audaz, chamo baixinho por ti, vem fado, vem tocar para mim...faz da tua sede a minha divina comédia...vem fado, mais depressa, devagar, tanto faz, vem...

1 comentário:

Anónimo disse...

que te posso dizer mais ?
tens imenso jeito pra escrever
nunca desistas de nada
por mais dificil que seja
luta sempre
bjs doces